Essa nova moeda (CBDC) será oficialmente emitida e garantida pelo governo, oferecendo estabilidade e segurança para transações mais sofisticadas (Por: Alírio de Oliveira) - foto divulgação - Diferente das criptomoedas comuns e da tradicional cédula de papel, o Banco Central está desenvolvendo uma nova versão de moeda digital que pode mudar a forma como hoje lidamos com dinheiro: Drex, versão digital do Real.
Essa nova moeda (CBDC) será oficialmente emitida e garantida pelo governo, oferecendo estabilidade e segurança para transações mais sofisticadas.
O Drex não vai substituir o papel-moeda ou o Pix, mas será um complemento dentro do sistema financeiro em operações que exigem maior controle para a aquisição de bens com condições específicas de pagamento, desenhada para operar em ambiente digital e interagir com tecnologias como blockchain e contratos inteligentes.
Diferente temente das criptomoedas como o Bitcoin, sujeitas a oscilações de valor, o Drex terá valor igual ao Real físico, o que o vincula à moeda nacional e com a credibilidade do Banco Central garantindo sua eficácia e segurança, além de maior praticidade no ambiente digital.
Apesar de o Drex e o Pix serem digitais, suas finalidades são distintas. O pix foi criado para agilizar pagamentos rotineiros, como compras no comércio ou transferências entre pessoas.
O Drex, por sua vez vai entrar em cena quando for necessário “condicionar” o pagamento, ou seja, garantir que o dinheiro será liberado somente mediante o cumprimento de determinadas exigências, após a confirmação de recebimento de um produto ou serviço.
Uma das principais vantagens do Drex é o uso de contratos inteligentes, ou smart contracts, que possibilitam programar transações que ocorram automaticamente, desde que as condições definidas sejam atendidas.
Exemplo: na compra de um carro, o valor só será transferido quando o documento for entregue e vice-versa. Se houver falha no procedimento, a transação não acontece, protegendo as partes e eliminando intermediários, o que aumenta a confiança entre os envolvidos, promovendo segurança e reduzindo custos de operação.
O Drex terá um sistema de operação semelhante ao blockchain, por meio de uma infraestrutura amparada em tecnologia de registro distribuído (DLT).
O Drex não oferece risco de uma vigilância estatal, mas seguirá as mesmas normas de sigilo bancário e privacidade de dados já adotadas no sistema financeiro, garante o Banco Central.
Segundo Fábio Araújo, coordenador do projeto, “a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) será plenamente respeitada, e nenhuma transação individual será monitorada. O objetivo não é acompanhar a vida de cada cidadão, mas garantir a estabilidade econômica com informações agregadas“.
O Drex vai permitir que maior número de brasileiros tenham acesso a produtos como empréstimos, seguros e investimentos, com reduzidas barreiras de acesso, permitindo, por exemplo, investir valores fracionados, a partir de R$ 5 ou R$ 10, tornando o mercado mais acessível a todos.
O Projeto Drex encontra-se em fase de testes com 16 instituições financeiras previamente selecionadas. O nome Drex é uma junção das iniciais de digital, Real, eletrônico e conexão. (Fonte: Diário do Litoral)
Notícias FEEB PR