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Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa e Região

Banco queridinho dos brasileiros fecha 227 agências

12/09/2025
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O que acontece com quem ainda depende do atendimento presencial - foto Paulinho Costa feebpr -

A transformação digital está moldando rapidamente a forma como os bancos operam, impactando tanto as suas estruturas quanto os seus clientes. O Itaú, um dos principais bancos do Brasil, decidiu fechar 227 agências em resposta ao crescente uso de canais digitais por seus clientes.

Esse movimento é parte de uma tendência mais ampla observada no setor bancário brasileiro, onde a presença física tem sido progressivamente reduzida para dar lugar a serviços digitais mais eficientes e acessíveis. Leia o posicionamento do banco ao fim do texto.

Em 2025, o Itaú reportou um lucro impressionante de 11,5 bilhões de reais no segundo trimestre, refletindo um aumento de 14,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa rentabilidade robusta ocorreu mesmo com a diminuição de sua rede física de agências, que agora conta com 2.738 unidades, comparadas às 3.021 que operavam anteriormente. A modernização dos serviços bancários, impulsionada pelo avanço da tecnologia, tem permitido que os bancos alcancem maior eficiência operacional, embora também traga desafios significativos.

Quais são os desafios da transição para o meio digital?
Embora a digitalização do setor bancário traga vantagens evidentes em termos de conveniência e custo, ela não é isenta de dificuldades. Um dos principais desafios é garantir a inclusão digital de todos os clientes, especialmente aqueles localizados em regiões com acesso limitado à internet ou que não estão familiarizados com o uso de tecnologia digital. Este cenário impõe uma barreira significativa, que precisa ser superada para garantir que todos os clientes possam usufruir dos benefícios dos serviços bancários digitais sem dificuldade.

Quem são mais afetados pelo fechamento de agências bancárias?
O fechamento das agências bancárias representa um dilema social, pois impacta diretamente não apenas os clientes, mas também os funcionários das instituições financeiras. Em áreas rurais ou em regiões menos desenvolvidas, onde o acesso à internet pode ser esporádico ou inexistente, a dependência dos serviços presenciais ainda é alta. Além disso, a reestruturação das redes físicas levanta preocupações sobre o desemprego no setor, à medida que menos pessoal é necessário para operar em um cenário onde o atendimento digital prevalece.

O que o futuro reserva para o setor bancário?
O movimento de digitalização observa-se não apenas no Itaú, mas também entre os outros grandes bancos do Brasil, como o Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Santander. Desde 2014, esses bancos já fecharam mais de 6.500 agências em todo o país. À medida que o setor bancário continua a evoluir, espera-se que a integração de tecnologias de ponta, como inteligência artificial e aprendizado de máquina, aumente a eficiência e personalize ainda mais o atendimento ao cliente. Contudo, é essencial que as instituições mantenham a acessibilidade e equidade de seus serviços para não deixar grupos de clientes em desvantagem.

Em resumo, o fortalecimento dos canais digitais abre novos horizontes para o setor financeiro no Brasil, oferecendo oportunidades significativas para inovação e eficiência. No entanto, é crucial abordar os desafios associados à inclusão digital e às implicações sociais decorrentes da redução das redes físicas, garantindo que todos possam participar igualmente dos avanços financeiros.

Itaú

O banco Itaú Unibanco enviou a seguinte nota sobre o assunto a O Antagonista:

“O Itaú Unibanco vem transformando sua estratégia de Varejo PF, com foco em oferecer uma experiência digital cada vez mais fluida e hiperpersonalizada. Hoje, cerca de 97% das transações de pessoas físicas já ocorrem pelos canais digitais, e o superapp vem se consolidando como um aliado na gestão financeira do dia a dia. Com o apoio da Inteligência Itaú, vamos levar a experiência digital a novos patamares, direcionando investimentos para equipar times comerciais, em pontos físicos e digitais, para liderar conversas ainda mais qualificadas e soluções aderentes às necessidades dos clientes.

Essa transformação também redefine o papel da rede física, que continuará sendo parte essencial da estratégia e passará, ao longo dos próximos anos, a adotar um modelo mais consultivo e nichado. As unidades estarão preparadas para atender diferentes perfis com maior proximidade e especialização, unindo a eficiência do digital a uma presença humana acolhedora e qualificada nos momentos que exigem relacionamento e orientação financeira.”
(Fonte: O Antagonista)

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