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Governo Lula escolhe funcionário do Banco do Brasil para presidir Correios

17/09/2025
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Emmanoel Schmidt Rondon tem o apoio do ministro Rui Costa (Casa Civil). Ele sucederá Fabiano Silva dos Santos, que entregou carta de demissão em 4 de julho (Por Victoria Azevedo e Idiana Tomazelli) - foto Paulinho Costa feebpr -

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu Emmanoel Schmidt Rondon, funcionário de carreira do Banco do Brasil, para assumir a presidência dos Correios.

A informação foi confirmada à Folha por três pessoas que acompanham as conversas.

Segundo interlocutores, o nome já passou pela Casa Civil e deve ser encaminhado ao Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração da empresa estatal até esta quarta-feira (17). A previsão é que a nomeação ocorra até o fim desta semana.

Rondon sucederá Fabiano Silva dos Santos, que entregou sua carta de demissão no dia 4 de julho e aguardava a indicação de seu substituto para fazer a transição. A indefinição do novo nome criou uma situação insólita na qual Santos seguiu comandando a empresa por mais de dois meses após pedir para deixar o cargo.

Havia uma previsão de que o presidente Lula recebesse Rondon para uma conversa. Ele é descrito como uma pessoa de perfil discreto. Técnico do Banco do Brasil, sua indicação contou com apoio do ministro Rui Costa (Casa Civil).

Seu perfil no LinkedIn diz que ele é formado em economia na UFF (Universidade Federal Fluminense) e possui MBA Executivo pelo Ibmec. Desde 2005, passou pelos cargos de analista, assessor sênior e gerente no Banco do Brasil. Em maio de 2017, assumiu a gerência executiva, onde é responsável pelos produtos de crédito para pessoa jurídica e recebíveis.

Rondon assumirá uma empresa em situação financeira bastante delicada. Os Correios registraram um prejuízo de R$ 2,64 bilhões no segundo trimestre de 2025. O rombo é quase cinco vezes o resultado negativo verificado em igual período de 2024, quando ficou em R$ 553,2 milhões.

No primeiro semestre, o rombo alcançou R$ 4,37 bilhões, o triplo do prejuízo de R$ 1,35 bilhão observado em igual período de 2024. O valor já havia sido antecipado pela coluna Painel, da Folha.

Sob a gestão de Santos, a companhia alertou o governo de que deve precisar de um aporte de recursos da União para evitar um furo no caixa. O aviso foi dado primeiro ao ministro Fernando Haddad (Fazenda) e depois a outros integrantes do Executivo em reunião ocorrida em junho.

Nas últimas semanas, a pressão dentro da empresa aumentou diante da percepção de que há risco de faltar dinheiro em caixa para pagar salários e outras despesas básicas da empresa até o fim de 2025. Nessa situação, a companhia precisaria pedir recursos ao Tesouro Nacional para cobrir suas obrigações, o que caracterizaria uma situação de dependência.

O quadro seria dramático para a União, já que as despesas de empresas dependentes precisam ser computadas dentro do Orçamento Federal. Em outras palavras, o governo teria de acomodar cerca de R$ 20 bilhões em gastos da empresa estatal dentro das regras fiscais, mediante cortes em políticas públicas.

Em algumas simulações, compartilhadas com a equipe econômica, a companhia pode ter problemas de caixa já no mês que vem. Por isso, o aporte é considerado inevitável por técnicos do governo, embora seja um cenário que as autoridades querem evitar a todo custo. (Fonte: Folha de SP)

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