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Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa e Região

Bradesco cortou 1.875 vagas, Santander 1.728 e Itaú mais de 1.000 em onda histórica de demissões

17/09/2025
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A onda histórica de demissões atinge o setor bancário no Brasil: Bradesco, Santander e Itaú cortaram mais de 4.600 vagas em 2025, reflexo da digitalização e do fechamento de agências físicas. (Por Bruno Teles) - foto reprodução - 

Digitalização acelera fechamento de agências e leva a uma onda histórica de demissões, alterando o perfil do emprego nos maiores bancos do país.

A onda histórica de demissões chegou com força ao setor bancário brasileiro em 2025. Somente no primeiro semestre, Bradesco cortou 1.875 vagas, Santander 1.728 e Itaú mais de 1.000, em um movimento que já passa de 4.600 postos de trabalho fechados entre os maiores bancos do país.

Segundo o planejador financeiro certificado Rogério Barreto, CFP®, esse fenômeno reflete a substituição gradual de agências físicas por operações digitais. A transformação estrutural busca eficiência, mas levanta dúvidas sobre os impactos sociais e trabalhistas em uma das áreas mais tradicionais da economia brasileira.

Quem mais demitiu na onda histórica de demissões?
O Bradesco liderou os cortes, com 1.875 desligamentos apenas no primeiro semestre, sendo 1.219 entre abril e junho.

Em 12 meses, já são mais de 2.500 demissões.

Ao mesmo tempo, o banco contratou cerca de 2.500 profissionais de tecnologia e análise de dados, reforçando a prioridade na transformação digital.


O Santander vem logo atrás, com 1.728 cortes no período.

A justificativa é semelhante: redução de agências físicas e reforço em tecnologia.

O discurso oficial aponta para “otimização do parque de agências”, sinalizando que o foco está em canais digitais e novos modelos de atendimento.

Quanto cada banco reduziu em 2025?
De acordo com os dados analisados por Rogério Barreto, CFP®, o Banco do Brasil promoveu um ajuste menor, com 615 desligamentos, atribuídos principalmente a aposentadorias e saídas naturais.

Ainda assim, contratou novos agentes comerciais e especialistas em tecnologia, mantendo 85,9 mil funcionários ao final de junho — o maior quadro do setor.

O Itaú registrou 505 cortes no semestre, sendo 453 no Brasil.

Mas chamou atenção por desligar cerca de 1.000 trabalhadores em uma única semana, alegando baixa produtividade no home office.

O caso gerou disputa judicial, já que sindicatos acusaram o banco de promover demissão coletiva sem aviso prévio.

Onde essas mudanças estão acontecendo?

Os cortes se concentram em agências físicas espalhadas por todo o Brasil, especialmente em regiões urbanas onde os serviços digitais já dominam.

O movimento acompanha a redução do atendimento presencial, cada vez mais substituído por aplicativos de celular e internet banking.

Para Rogério Barreto, CFP®, esse cenário “mostra a transição de empregos tradicionais para funções técnicas, voltadas à análise de dados, segurança digital e inovação”.

Ou seja, menos bancários de balcão e mais especialistas em tecnologia.

Por que a onda histórica de demissões preocupa trabalhadores?
Embora os bancos defendam o discurso de modernização, sindicatos e economistas alertam para o risco social.

A perda de milhares de empregos em pouco tempo pressiona famílias, aumenta a informalidade e acentua a desigualdade regional.

Além disso, a redução de agências pode prejudicar clientes idosos, moradores de áreas rurais e pequenos empresários, que ainda dependem do atendimento físico.

A questão central é se os ganhos de eficiência realmente se traduzem em uma experiência melhor para todos os clientes ou apenas em maior rentabilidade para os acionistas.

Vale a pena apostar em carreiras no setor bancário?
Apesar da onda histórica de demissões, especialistas como Rogério Barreto, destacam que o setor bancário continua relevante.

A diferença está no perfil das vagas: oportunidades estão migrando para tecnologia, análise de risco, segurança cibernética e produtos digitais.

Ou seja, para quem pretende seguir carreira, a adaptação é indispensável.

O futuro do setor não deve ser o atendimento presencial, mas sim a especialização em áreas que sustentem o crescimento digital das instituições.

A onda histórica de demissões revela uma reconfiguração profunda no sistema bancário brasileiro.

Menos agências, menos bancários e mais tecnologia: essa é a realidade que se impõe.

O desafio é equilibrar eficiência e inclusão, garantindo que clientes e trabalhadores não fiquem para trás nessa transição. (Fonte: CPG)

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