No mundo digital atual, fraudes bancárias representam um desafio significativo tanto para instituições financeiras quanto para consumidores -foto divulgação - No mundo digital atual, fraudes bancárias representam um desafio significativo tanto para instituições financeiras quanto para consumidores e uma dessas situações é o “golpe do falso atendimento“, onde criminosos se passam por representantes de bancos para enganar vítimas desavisadas.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que, em casos onde não há envolvimento direto da instituição financeira, como em golpes realizados por terceiros usando sites falsos ou ligações fraudulentas, o banco não tem responsabilidade pelo estelionato.
Um exemplo notável envolveu uma consumidora que foi contatada por supostos funcionários do banco por meio de uma mensagem alertando sobre uma suspeita de transação. Seguindo instruções erradas dadas por telefone, ela baixou um aplicativo e forneceu informações sensíveis.
Isso permitiu que estelionatários realizassem um empréstimo em seu nome, transferindo o dinheiro via Pix para outras contas. Nesse caso, o Tribunal de Justiça de São Paulo afastou a responsabilidade do banco, citando a ausência de falhas nos serviços prestados pela instituição.
Como o conceito de “fortuito externo” se aplica em fraudes bancárias?No julgamento do recurso, o STJ introduziu o conceito de “fortuito externo” para explicar a isenção de responsabilidade do banco.
De acordo com o ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, quando um cliente fornece diretamente informações a um fraudador, isso constitui um evento alheio à operação bancária padrão.
Assim, a responsabilidade do banco é afastada, especialmente quando só o cliente é notificado após o acontecimento concreto da fraude.
Quais medidas os bancos podem adotar para mitigar fraudes?Embora os bancos não sejam responsabilizados em casos de fortuito externo, eles ainda desempenham um papel crucial na redução de fraudes.
Algumas medidas importantes podem incluir:- Fortalecer os sistemas de segurança eletrônica para detectar atividades suspeitas.
- Implementar tecnologias de autenticação multifator para transações on-line.
- Oferecer educação contínua aos clientes sobre práticas de segurança cibernética.
- Manter canais de comunicação claros e confiáveis para os clientes reportarem fraudes rapidamente.
- O papel da educação do consumidor em proteger contra fraudes bancárias
A educação do consumidor é vital na prevenção de fraudes. As instituições financeiras devem investir em programas que ensinem os usuários a identificar possíveis golpes.
Informar o público sobre técnicas comuns usadas por fraudadores, como phishing e engenharia social, pode reduzir substancialmente o risco de alguém se tornar uma vítima.
No cenário atual, onde as tecnologias evoluem rapidamente, a segurança digital depende tanto da responsabilidade institucional quanto da conscientização individual.
Enquanto as instituições fortalecem suas defesas, educar os consumidores é uma linha de defesa igualmente importante contra fraudes e estelionatos bancários. (Fonte: O Antagonista)
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