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Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa e Região

BB deve ter nova queda forte no lucro com alta de mais de 70% nas provisões

30/07/2025
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Expectativa de analistas é de um resultado de R$ 5,3 bi no 2º trimestre, uma queda de 44%. A rentabilidade do BB deve ficar em 10,9%, a menor entre os grandes bancos (Por Altamiro Silva Junior (Broadcast))

O resultado do Banco do Brasil vai continuar sob pressão no segundo trimestre de 2025, na previsão de analistas. Os números do banco público são os mais esperados entre os grandes bancos, sobretudo com a possibilidade de o BB voltar a divulgar previsões para o ano, os guidances, suspensos no primeiro trimestre após os resultados serem afetados por uma nova regra do Banco Central que exige provisões com base em expectativas de perdas futuras. Há também a expectativa de que o banco atualize o mercado sobre uma nova política de pagamento de dividendos, provavelmente menor.

Nova rodada de aumento de provisões, em meio à piora da inadimplência em setores como o agronegócio, deve pressionar novamente os ganhos do maior banco brasileiro no segundo trimestre. A expectativa é que o lucro líquido fique em R$ 5,3 bilhões, considerando a média das previsões de oito casas consultadas pela Coluna (Goldman Sachs, Genial, Santander, XP, Itaú BBA, BTG, Citi e Bank of America).

A previsão representa uma queda de 44% em relação ao ganho recorrente do mesmo período de 2024 e de 31% na comparação com o primeiro trimestre. A rentabilidade (ROE, na sigla em inglês) deve ficar em 10,9%, a menor entre os grandes bancos, na previsão da Genial Investimentos.

Pior entre os quatro grandes
Se as previsões dos analistas se confirmarem, o BB deve novamente ficar com o pior resultado entre os quatro maiores bancos de capital aberto, repetindo o que aconteceu no primeiro trimestre, quando foi pressionado pelos ajustes da resolução 4966 do Banco Central. Como um terço da carteira do banco público é do agronegócio, o BB foi afetado pelas maiores perdas esperadas para o segmento.

O foco maior no balanço do banco público será avaliar a qualidade dos ativos de crédito. O analista do Goldman Sachs, Tito Labarta, projeta que a taxa de inadimplência do BB suba para 4,2% no segundo trimestre, de 3% no mesmo período de 2024.

As provisões para devedores duvidosos do BB devem somar R$ 14 bilhões no segundo trimestre, um salto de 79% na comparação anual, puxado pela inadimplência maior na carteira de agro. Mesmo na comparação com o primeiro trimestre de 2025 a alta deve ser expressiva, de 37%. “O Banco do Brasil enfrenta a maior incerteza em relação à qualidade dos ativos de seu portfólio rural e potenciais implicações para o custo do risco”, afirma o analista do Goldman em relatório de prévias. Labarta prevê um ROE recorrente de 11% para o BB no segundo trimestre, a metade do que foi há um ano, em 21,6%.

Para o analista da Genial, Eduardo Nishio, a pressão nos resultados do BB deve se intensificar no segundo trimestre. “Esperamos que o BB entregue o desempenho mais fraco entre os bancos incumbentes. Enquanto os pares devem manter ou até elevar sua rentabilidade, o BB deve registrar nova piora relevante”, afirma em relatório de previsão de resultados.

Para Nishio, além da inadimplência persistente no agro, especialmente nas cadeias de soja e milho, há também o aumento esperado dos calotes nas carteiras renegociadas de pessoa física e de pequenas e médias empresas. Por isso, o banco vai reforçar as provisões, já elevadas também pelas exigências da 4966. A nova regra vai pressionar ainda a margem financeira (NII, em inglês) do BB.

Banco pode baixar dividendos
Com os lucros em queda, analistas como os do Bank of America e da Genial acreditam que o BB vai reduzir a parcela dos ganhos que distribui como dividendo (payout) para abaixo da casa dos 40% a 45% que tem distribuído nos últimos anos.

Anteriormente, o BB tinha marcado divulgar o balanço do segundo trimestre no dia 13 de agosto, data que foi alterada para o dia 14. (Fonte: Estadão)

Notícias FEEB PR

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