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Trabalhadores dos Correios aprovam greve em nove estados

09/08/2024
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Categoria exige redução na coparticipação no plano de saúde; Correios diz que agências estão abertas e atendimento está mantido (Por Guilherme Bento) - foto reprodução - 

Os trabalhadores dos Correios aprovaram greve por tempo indeterminado, após votação em assembleias realizadas nesta quarta (7) na capital paulista e em outros estados. A assembleia de São Paulo contou com 5.000 trabalhadores, segundo a Findect (Federação Interestadual dos Sindicato dos Trabalhadores dos Correios).

Carteiros e motoristas aderiram à paralisação, que começou às 22h de quarta, e também há participação de trabalhadores nas áreas de tratamento e atendimento, informa a federação. Os principais sindicatos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins aderiram ao movimento.

De acordo com os Correios, as agências estão abertas e todos os serviços estão disponíveis nesta quinta (8) para a população. A estatal informa que adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir "as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato".

"O ponto principal desta greve hoje é o custeio do plano de saúde," diz Douglas Ramos, diretor de comunicação do Findect e Sintect (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba).

Os trabalhadores exigiram a redução da coparticipação no plano de saúde que, segundo Ramos, era muito pesada. Além disso, a categoria reivindica reajuste salarial pela inflação mais um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos ainda em 2024.

De acordo com os Correios, foi proposto um reajuste de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025, mais 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024, bem como um aumento de 20% para motociclistas e motoristas.

Sobre o plano de saúde, segundo a empresa, "o processo de alteração do regulamento para redução da coparticipação de 30% para 15% tem previsão de implementação no próximo mês, após a realização de ajustes necessários para adequação às normas vigentes".

O imbróglio se desenrola desde o início do ano e depois de uma greve que quase atingiu a Black Friday, no fim do ano passado. Após 14 reuniões de negociação, de acordo com a Findect, "a empresa demonstrou mais uma vez sua incapacidade de responder adequadamente às necessidades dos trabalhadores".

A greve está mantida até a próxima rodada de negociações na próxima semana, segundo Ramos. (Fonte: Folha de SP)

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